sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Anotações sobre o MIS

Hoje pra fugir de alguns projetos atrasados (quem nunca fez isso? :P), resolvi me interar do projeto do escritório Diller Scofidio + Renfro (imagem abaixo), vencedor do Concurso de Ideias, realizado para escolher o projeto arquitetônico da nova sede do Museu da Imagem e do Som (MIS), na Avenida Atlântica, em Copacabana.
Vale a pena checar o roteiro que fiz!
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Comecei pelo Parede de Meia, que fala sobre a posição solar do terreno e de uma certa artimanha na manipulação das imagens. Boa discussão, heim? Até que ponto podemos iludir graficamente nosso cliente?
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Mesmo curioso, não olhei as imagens, pois cliquei por acaso no Rio d’Janira, que fez o seguinte post: Crônicas das apresentações de ideias para o MIS por alguns ícones —outros nem tanto— da Arquitetura mundial. Excelente narração. Aliado aos croquis de seu moleskine, fiz um bom exercício mental, imaginando o que me esperava. (E os meus projetos lá, esperando!).
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Bueno, fui pros finalmentes! Entrei no blog concursodeprojetos.org, onde fala dos sete projetos concorrentes e de como funcionava o concurso. E com várias imagens.
A primeira impressão foi ruim. Esperava mais. Muito mais. Principalmente dos brasileiros. Os gringos Libeskind e Shigeru Ban entraram no clima carioca e se acharam OS carnavalescos. Nos resta saber qual é a Escola de Samba.
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Bernardes & Jacobsen não exploraram o que sabem fazer de melhor: projetar à beira-mar. Estão irreconhecíveis.
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Brasil Arquitetura e Tacoa Arquitetos buscaram no brutalismo paulista a inspiração pra orla carioca. No caso da Brasil Arquitetura, vemos uma pitada de Hans Donner, através da esfera espelhada! (que maldade!)
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Sobram então
Diller Scofidio + Renfro e Isay Weinfeld. O primeiro, muito bem fundamentado, apesar do conceito do fole da gaita misturado com o calçadão de Copa ser meio forçado!
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Forma e função compatíveis. Porém não interage com o entorno. O segundo, já se vê a preocupação do volume com os existentes. A apresentação, digamos, foi sincera e honesta, onde ele diz que pode melhorar o projeto.
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Depois de ver, ler e chegar a conclusões mal formuladas, cliquei no architecture, que fez um post fantástico, em que as imagens valem mil palavras!
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Eu escolheria o projeto do Isay. Surpreende por ser um “Isay”, se é que me entendem... Porém, o projeto vencedor tem seus méritos.
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Hora de voltar a realidade e voltar a criticar os MEUS projetos. Só vou fazer um café...
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3 comentários:

Anônimo disse...

Não tinha gostado. Mas depois de tudo e todos, e principalmente pelo que li aqui, comecei a gostar do projeto em detrimento dos outros. Decepção mesmo o B&J... Adoro seu blog. Tem que ter textos mais descontraídos como esse. Aquele sobre sustentabilidade também tá show!!
Um abraço!
Livia

Mika Medeiros disse...

poxa poxa... também preferia o Isay, por tudo inclusive... mas... fazer o quê, um dia a gente aprende a valorizar o "produto da terra"...

esse outro até que é "bonitinho"...

ah, seu blog cada dia mais legal!!!

bijokas

Anônimo disse...

kkkkkkk Muito bom! Adorei os comentários curtos e grossos dos projetos. Hans Donner foi incrível! Era pra agradar a Fundação Roberto Marinho!!!
Se você prestar atenção, o projeto do Isay não levou por não estar tão detalhado quanto o do DS+R. É minha opinião, talvez bairrista, por que os brasileiros perderam.

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