VEJAM A INTOLERÂNCIA E CENSURA PRATICADA PELO BLOG "AMIGOS DE PELOTAS"
Crônica "Paris é igual a Pelotas": http://www.amigosdepelotas.com/2008/10/paris-igual-pelotas.html
Comentário sobre a crônica "Paris é igual a Pelotas", enviado ao Blog "Amigos de Pelotas", porém inexplicavelmente censurado e não publicado no blog:
É IMPRESSIONANTE!!!...
Embora essa situação se repita com uma frequência previsível, nunca deixo de surpreender-me com ela.
Creio mesmo que se trata de um fenômeno digno de um estudo sociológico ou antropológico. Porque não se refere apenas a uma situação apresentada pela autora da crônica ou por esta crônica em particular, mas de uma realidade mais ampla e recorrente, da qual esta crônica é apenas uma pertinente representação e síntese. Na verdade, nem se trata de uma crítica a esse texto especificamente, aliás um texto afetivo, jovial e poético, segundo me pareceu.
Trata-se de uma tentativa de compreensão de uma realidade mais geral, ou seja, sobre a necessidade premente e, até mesmo, da ausência de pudor, com que o pelotense frequentemente insiste em comparar nossa cidade com Paris, Londres ou outro grande centro cultural mundial...
Esse fenômeno, ao meu ver, como um pelotense que há cerca de 30 anos reside há mais de 3000 quilômetros da cidade, só encontra paralelo no conhecido bairrismo e megalomania encontrados nos argentinos, mais particularmente no porteño... Uma parcialidade, uma ausência do senso de conjunto, de um senso de referência, de um "desconfiômetro" mesmo, que impede que se perceba que as semelhanças entre Pelotas e esses grandes centros, são tão circunstanciais, tão pontuais e insignificantes mesmo, em relação a todas as outras diferenças, ao conjunto geral, que se torna absolutamente desproporcional e impertinente tentar explicitar alguma relação de semelhança. Uma parcialidade, fruto do amor pela cidade, suponho, que, na tentativa de unir o belo e sublime que se encontra numa Paris ou Londres, com o sentimento interno e profundo de amor que o pelotense tem pela cidade natal, faz com que extrapole, que perca as referências e proporções, para chegar a uma comparação direta, absurda e irreal. Uma parcialidade que não permite que se perceba que as circunstanciais e pontuais possíveis semelhanças entre Pelotas e esses grandes centros culturais, são semelhanças que, por sua insignificância e pontualidade em relação ao todo, podem ser também encontradas em milhares e milhares de outras cidades brasileiras, e que, portanto, não tem o mínimo sentido fazer tal comparação direta. Porém, muitos pelotenses não conseguem escapar dessa necessidade visceral de fazer essas grandiloquentes comparações...
O que causaria essa ausência ou escassez do senso de proporção, do senso de realidade, tão frequentemente encontrada em nossa cidade?... Acho que a resposta a essa pergunta mereceria um estudo sociológico ou antropológico mais aprofundado.
De um pelotense que gosta de manter os vínculos com a cidade.
Obrigado pela visita. Volte sempre! Gostou? Tem mais nos arquivos!
. . É um desafio compartilhar minhas andanças cibernéticas e as pequenas façanhas que tenho feito. O blog vai ter de tudo um pouco. Coisas sérias com doses de ironia e humor... . Falar de arquitetura, design, urbanismo, cultura - uma convergência de profissões, opiniões e artigos... . Sobre o nome blog, me apoderei do título de uma música do Nei Lisboa, de 1970. Pra internet, nada melhor... conhecimento ao meu alcance, sem gasolina! Apenas com uma banda nem tão larga assim... . Fica à vontade pra participar desses devaneios! . Claro que também vai ter curiosidades da net, e-mails dos amigos, além das futilidades clássicas pra descontrair!
Um comentário:
VEJAM A INTOLERÂNCIA E CENSURA PRATICADA PELO BLOG "AMIGOS DE PELOTAS"
Crônica "Paris é igual a Pelotas":
http://www.amigosdepelotas.com/2008/10/paris-igual-pelotas.html
Comentário sobre a crônica "Paris é igual a Pelotas", enviado ao Blog "Amigos de Pelotas", porém inexplicavelmente censurado e não publicado no blog:
É IMPRESSIONANTE!!!...
Embora essa situação se repita com uma frequência previsível, nunca deixo de surpreender-me com ela.
Creio mesmo que se trata de um fenômeno digno de um estudo sociológico ou antropológico. Porque não se refere apenas a uma situação apresentada pela autora da crônica ou por esta crônica em particular, mas de uma realidade mais ampla e recorrente, da qual esta crônica é apenas uma pertinente representação e síntese. Na verdade, nem se trata de uma crítica a esse texto especificamente, aliás um texto afetivo, jovial e poético, segundo me pareceu.
Trata-se de uma tentativa de compreensão de uma realidade mais geral, ou seja, sobre a necessidade premente e, até mesmo, da ausência de pudor, com que o pelotense frequentemente insiste em comparar nossa cidade com Paris, Londres ou outro grande centro cultural mundial...
Esse fenômeno, ao meu ver, como um pelotense que há cerca de 30 anos reside há mais de 3000 quilômetros da cidade, só encontra paralelo no conhecido bairrismo e megalomania encontrados nos argentinos, mais particularmente no porteño... Uma parcialidade, uma ausência do senso de conjunto, de um senso de referência, de um "desconfiômetro" mesmo, que impede que se perceba que as semelhanças entre Pelotas e esses grandes centros, são tão circunstanciais, tão pontuais e insignificantes mesmo, em relação a todas as outras diferenças, ao conjunto geral, que se torna absolutamente desproporcional e impertinente tentar explicitar alguma relação de semelhança. Uma parcialidade, fruto do amor pela cidade, suponho, que, na tentativa de unir o belo e sublime que se encontra numa Paris ou Londres, com o sentimento interno e profundo de amor que o pelotense tem pela cidade natal, faz com que extrapole, que perca as referências e proporções, para chegar a uma comparação direta, absurda e irreal. Uma parcialidade que não permite que se perceba que as circunstanciais e pontuais possíveis semelhanças entre Pelotas e esses grandes centros culturais, são semelhanças que, por sua insignificância e pontualidade em relação ao todo, podem ser também encontradas em milhares e milhares de outras cidades brasileiras, e que, portanto, não tem o mínimo sentido fazer tal comparação direta. Porém, muitos pelotenses não conseguem escapar dessa necessidade visceral de fazer essas grandiloquentes comparações...
O que causaria essa ausência ou escassez do senso de proporção, do senso de realidade, tão frequentemente encontrada em nossa cidade?... Acho que a resposta a essa pergunta mereceria um estudo sociológico ou antropológico mais aprofundado.
De um pelotense que gosta de manter os vínculos com a cidade.
Carlos Germano
Recife - Pernambuco
Postar um comentário