terça-feira, 12 de agosto de 2008

Fundação Iberê Camargo - A Descoberta!

Hoje tava lendo mais um pouco sobre a FIC, na Revista Projeto Design 341, e descobri uma coisa que me intrigava, e que já havia colocado num post anterior: O porquê da não escolha do Oscar Niemeyer pra fazer o projeto. Inclusive, tem a lista com os dez prováveis arquitetos sugeridos pelo engenheiro.

Abaixo, um bom pedaço do texto, escrito pelo Fernando Serapião:

"...A construção de uma sede própria não estava na pauta, mas foi tema da primeira reunião do conselho da fundação. O assunto surgiu quando a secretária geral, a arquiteta Cristina Soliani, propôs o nome de Oscar Niemeyer para desenhar a futura sede. A oposição mais ferrenha à sugestão partiu do empresário Justo Werlang, vice-presidente da instituição. Para ele, a contratação do carioca estava fora de questão pelo fato de Niemeyer não se preocupar com o uso específico dos espaços que cria. “Não podíamos correr esse risco. Em primeiro plano está a coleção”, afirma Werlang.

Um ano depois de constituída a fundação, o governo do estado doou-lhe um terreno às margens do rio Guaíba, ao sul do centro da cidade. Tratava-se de uma escarpa de pouco mais de 8 mil metros quadrados, repleta de vegetação e com apenas um quarto de área plana, junto à cota da avenida Padre Cacique. O lugar era uma antiga pedreira e, em parte, um aterro sobre o Guaíba. Com o passar do tempo, amadureceu entre os conselheiros a idéia de contratar um arquiteto estrangeiro que tivesse se notabilizado com projetos de museus.
Sem alarde, a escolha do profissional durou quase um ano, entre junho de 1998 e março de 1999. Neste processo, foi fundamental o trabalho de Canal, que, a pedido da instituição, realizou ampla pesquisa, materializada num dossiê apresentado à diretoria. Ali o engenheiro listou dez nomes (que os envolvidos não revelam nem sob tortura, o que não impede um palpite com certa margem de segurança: Álvaro Siza, Rafael Moneo, Richard Meier, Arata Isozaki, Frank Gehry, Christian de Portzamparc, I. M. Pei, Hans Hollein, Renzo Piano e Tadao Ando).

Depois de algumas reuniões e avaliações, o foco recaiu em três figurões do star system arquitetônico: o português Álvaro Siza, o norte-americano Richard Meier e o espanhol Rafael Moneo.

A segunda missão de Canal foi visitar os três escritórios, no Porto, em Nova York e em Madri. Nesses encontros ele sondou os profissionais a respeito do interesse em participar do projeto. Para o início dos trabalhos, o engenheiro preparou mais um dossiê detalhado, com ricas informações sobre o sítio e o programa da fundação. Dentre os três finalistas, o português foi o que mais se empenhou. “Primeiro eu vi o buraco. Depois percebi que o buraco era um bocado estimulante”, Siza lembrou posteriormente.

A solução que ele apresentou - que, com poucas diferenças, está agora ancorada às margens do Guaíba - foi criada em dezembro de 1998. Com os desenhos em mãos, o conselho se entusiasmou. E, assim, Siza estava escolhido"...


Visitei a FIC no mês passado. Espetacular. A riqueza dos detalhes impressiona. A obra do Iberê fica menos depressiva nas generosas paredes brancas, ainda mais vistas debruçado nos peitoris de mármore carrara.
ps: As fotos desse post são minhas!


Outros post sobre a FIC:
Fundação Iberê Camargo - O início
Fundação Iberê Camargo - A Escolha
Fundação Iberê Camargo - O Design
Fundação Iberê Camargo - De novo!

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2 comentários:

eliana pires de souza disse...

hahahahahaha, mas o que é a pessoa sentadinha!!!!
saudade de ti mateuszszszszsz!!!!!

Guilherme Moraes disse...

É o cara que melhor projeta museus na arquitetura atual. A fundaçao é A obra. e eu tb nao escolheria o niemeyer para fazer o projeto, ele anda passando dos limites....


Abrassssssss

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